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26 de abril de 2024
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Camelos no alvo.

Austrália pretender matar camelos com a desculpa de evitar emissões.

          Uma empresa australiana apresentou uma proposta inovadora contra as emissões poluentes: matar toda a população de camelos do país, já que seus gases contribuem para o efeito estufa.

          Os camelos foram levados para lá pelos colonizadores europeus, que no processo de invasão do território também dizimaram as populações humanas que já viviam lá, além de várias outros animais não-humanos. Depois da “ajuda oferecida”, pois cada animal carregavam até 800kg, foram abandonados para viverem livres e como conseqüência estão culpando os camelos de destruir a vegetação e emitir o equivalente de uma tonelada de carbono por ano em metano.

          A ‘medida’ absurda foi anunciada pelo Departamento de Alterações Climáticas e Eficiência Energética, em Canberra, como parte da Carbon Farming Initiative. O holocausto vitimaria 1.200.000 camelos selvagens, essa atitude seria igual a tirar de circulação 300 mil carros que percorrem cerca de 20 mil quilômetros anuais. Por que não diminuir a frota de carros? Talvez por considerarem mais divertido matar os camelos utilizando-se helicópteros e carros e, depois processar sua carne para elaborar alimentos para animais domésticos ou para o consumo humano. Alías, por que a Austrália simplesmente não para de reproduzir vacas e ovelhas, cujas populações são muito maiores e causam muito mais dano para o meio ambiente? Controlar a população humana e o consumismo desenfreado com certeza ajudaria também.

          Esta proposta está sendo avaliada pelo Governo de Camberra como parte de seu projeto para a redução de gases poluentes no setor agrícola, explica o secretário legislativo sobre Mudança Climática, Mark Dreyfus.

          Para embasamento do projeto afirmam que os camelos não são só um dos maiores emissores de dióxido de carbono na Austrália, mas também causam prejuízos anuais às colheitas avaliados em mais de US$ 10 milhões. Afirmando que o dano produzido por eles é maior “em períodos secos quando se juntam em hordas”, disse à Efe Jan Ferguson, diretora do Ninti One, organismo responsável pelo Projeto para o Controle de Camelos Selvagens na Austrália.

          Os camelos, cuja população se duplica a cada nove anos, têm um instinto de sobrevivência tão desenvolvido que podem beber até 200 litros de água em três minutos e percorrer setenta quilômetros ao dia. Por isso, o projeto do Ninti One apresentou a iniciativa CamelScan, que permite à população comunicar a localização dos animais no Google Maps e analisar seus movimentos e comportamentos de acordo com a estação do ano.

           “Mesmo com a tecnologia atual, a erradicação da população total selvagem é considerada impossível” e, por isso, o projeto de controle destes animais pretende simplesmente reduzi-la em áreas críticas, disse Jan.

          Agora, imagine se algum político propusesse matar pessoas para diminuir o problema do aquecimento global? Pois é algo parecido que os australianos estão pensando em fazer com os camelos.

          Como sempre, opta-se pela atitude mais fácil e por vitimar aqueles que não tem como se defenderem.

 

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