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16 de abril de 2024
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Pesquisa Nacional de Comportamento e Percepção do Consumidor de Cação

Se você não consumir, eles não matam!

          Com o objetivo de levantar a percepção da população brasileira sobre o quanto a pesca e o consumo dos tubarões (ou cações), ou partes deles, representam uma ameaça que está levando muitas das nossas espécies à beira da extinção, dentro do escopo da Campanha Nacional contra o Consumo de Barbatanas de Tubarão, o Projeto Tubarões no Brasil (Protuba), do Instituto Ecológico Aqualung, realizou, com a ajuda dos voluntários do Protuba, a Pesquisa Nacional de Comportamento e Percepção do Consumidor de Cação.

          Além de traçar um perfil do consumidor, e de como ele vê essa questão, a pesquisa e sua divulgação na mídia e para o público em geral terão a importante função de fazer com que as pessoas percebam e reflitam sobre esse grave e silencioso problema de sustentabilidade. 

 Resumo dos Resultados:

           A pesquisa teve abrangência nacional e, de acordo com seus resultados, cerca de 37% dos 1.400 entrevistados no Brasil disseram consumir carne de cação (ou tubarão). Nesse universo, 43% dos entrevistados eram homens e 57% mulheres. Os locais de aplicação da pesquisa foram as feiras-livres (9%), peixarias (11%), supermercados (37%), restaurantes (8%) e outros estabelecimentos ou locais (35%).

           Enquanto os entrevistados que afirmaram consumir carne de cação o fazem em sua maioria em casa (58%), as maiores regularidades de consumo foram mensal (19%) e eventual (58%). Aqueles que consomem em casa costumam comprar com mais frequência nas peixarias (42%) e supermercados (32%).

           Somente 17% dos entrevistados afirmaram já ter consumido as barbatanas de tubarão ou algum de seus derivados, como a sopa de barbatana. Felizmente esse percentual é ainda menor quando se trata do consumo de cápsulas de cartilagem de tubarão (11%).

          Mas a pesquisa apontou uma grande diferença entre cariocas e paulistas. Enquanto apenas 6% dos cariocas afirmaram consumir cação, 69% dos paulistas responderam que consomem. Quando o questionamento foi se já consumiram barbatana de tubarão, nenhum carioca respondeu sim, mas 17% dos paulistas afirmaram já ter consumido. Para a mesma pergunta sobre consumo de cápsula de cartilagem de tubarão, novamente os cariocas zeraram, mas 10% dos paulistas responderam que sim. Uma explicação plausível para tal diferença talvez seja a considerável influência exercida pela população de origem oriental em São Paulo, o que não ocorre no Rio, já que são eles os grandes consumidores de cação e seus derivados, especialmente as barbatanas de tubarão para produzir a sopa.

          Mais da metade dos entrevistados (57%) não sabia que a pesca descontrolada e excessiva está acabando com as populações de tubarões e que a obtenção das barbatanas e da cartilagem representam uma ameaça que está levando muitas populações de tubarões ao declínio vertiginoso __ cerca de 43% das espécies do litoral brasileiro já estão nas listas de espécies ameaçadas de extinção.

         Previsivelmente, mais de 60% dos entrevistados não sabia dizer qual é a importância dos tubarões para o equilíbrio da vida nos oceanos e quais seriam as consequências diretas de sua extinção. No entanto, felizmente, 80% dos entrevistados, diante da realidade apresentada, admitiram rever seus conceitos e seu consumo de cação.

          A pesquisa completa e seus resultados, com comentários e explicações pertinentes, será publicada no próximo Informativo do Instituto Aqualung, mas pode ser solicitada em arquivo PDF (242 Kb) através do e-mail  instaqua@uol.com.br

          A conscientização dos consumidores pode contribuir para a queda no consumo, na demanda e no comércio.

Se você não consumir, eles não matam!

Por Marcelo Szpilman
Projeto Tubarões no Brasil (PROTUBA)

Instituto Ecológico Aqualung
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Tels: (21) 2558-3428 ou 2558-3429 ou 2556-5030
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E-mail:  instaqua@uol.com.br
Site: http://www.institutoaqualung.com.br

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