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Saruê, o Gambá Brasileiro!

Conheça o animal que pode viver em seu quintal. Janeiro/2009.

          Os Gambás pertencem à família dos marsupiais, a mesma dos lindos Koalas que todos conhecem! No Brasil existem duas espécies de Saruê, o Gambá de Orelha Branca e o Gambá de Orelha Preta.

          O termo da língua tupi-guarani, onde "gã'bá" ou "guaambá", corresponde a um seio oco, ou seja, uma referência ao marsúpio (característica dos marsupiais, onde uma abertura ventral em forma de bolsa, abriga em seu interior, mamas, onde os filhotes nutrem-se e protegem-se durante parte de seu desenvolvimento).

          O Gambá de Orelha Branca, Didelphis albiventris, é a espécie mais conhecida, ocorrem na Amzônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Campos e inclusive nas cidades.

          Possui os pêlos longos e grossos, de cor preta com as extremidades brancas que dão aspecto de acinzentado ou grisalho. Sua cabeça é grande e apresenta uma listra negra ao centro que alcança o focinho, o qual é alongado e rosado. A cauda é grossa, afilada e praticamente desprovida de pêlos, sendo estes somente encontrados em sua região anterior. Mede de 45 a 50 cm de comprimento, sem contar a cauda, que mede de 35 a 37 cm de comprimento, é prêensil e funciona como um quarto membro para auxiliar no deslocamento em árvores. O ventre é de cor clara e como o próprio nome sugere, possui as orelhas brancas. Apenas a fêmea possui o marsúpio, onde ficam alojados os filhotes.


Foto: Raquel Marques

          Os Gambás podem se reproduzir até 3 vezes ao ano. A fêmea possui 13 mamas, a gestação dura de 12 a 14 dias e o nº de filhotes varia de 4 a 12. Ao invés de nascerem filhotes, nascem embriões com aproximadamente 1,0 cm de comprimento e sem a presença de pêlos. Os embriões dirigem-se para o marsúpio, através da pelagem da mãe, para encontrar as duas carreiras de mamas, em forma de ferradura, onde ficarão agarrados aos mamilos por até 4 meses, tornando-se muitas vezes, grandes demais, para permanecer em seu interior. Quando a bolsa não consegue mais contê-los, são transportados pela mãe em seu dorso.

          Espécie de hábito noturno. Observado em matas e áreas abertas, possui o hábito de se refugiar em ocos de árvores, onde constrói ninhos com folhas e galhos secos. Acostumou-se a viver em centros urbanos, fazendo seus ninhos dentro de forros de casas e instalações de edifícios.

          É onívoro, alimenta-se praticamente de tudo, como raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos (caranguejos encontrados em zonas de manguezais), anfíbios, lagartos, aves  e serpentes, pois é imune ao veneno de serpentes. Em locais urbanos pode alimentar-se de ovos e aves domésticas e de resíduos orgânicos (sobras da alimentação humana e de animais domésticos).

          O Gambá apresenta dois comportamentos interessantes de defesa: costuma fingir-se de morto e exalar um odor forte e fétido, na intenção do atacante desistir.

          Ameaça: por se encontrar em áreas urbanas e conviver tão próximo ao homem, sofrem atropelamentos e ataques de cães domésticos e mesmo de pessoas que o desconhecem.

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