Novo extermínio marcado para este mês.
Março é um mês de maus presságios para as focas que vivem na parte noroeste do oceano atlântico. Todos os anos, na Páscoa, elas sofrem ataques massivos do seu maior predador: o homem. Não satisfeito com a morte deliberada (link) de 224 mil focas no ano passado (das quais 98% eram bebês com menos de três meses de idades), o governo do Canadá pretende continuar com sua brutal política e prevê, para este ano, a morte de 275 mil animais.
A desculpa para esses assassinatos em massa é de que existe uma superpopulação desses mamíferos na região, embora entidades internacionais venham denunciando reduções bruscas na população das espécies caçadas, ano após ano. Outro argumento do governo canadense é de que esses animais são mortos de forma ‘humanitária’. A atitude dos caçadores está longe disso: na maioria das vezes os bebês foca são agredidos por paus e picaretas, suas peles são arrancadas enquanto ainda estão vivos e são largados agonizantes no meio do gelo. Este fato foi constatado por organizações protetoras dos animais de peso como o IFAW e a Humane Society, ambas parceiras da ARCA Brasil.
A própria população canadense condena, em pesquisas públicas, essa atitude que gera uma má fama para seu país, além de boicotes comerciais e manifestações pelo mundo inteiro, com adesão de celebridades do porte de Paul McCartney e Brigitte Bardot. Também já está comprovado por meio de estudos de que o mercado de peles já está saturado, pela superprodução dos anos interiores e pela crescente rejeição do “produto”.
Resta o argumento de que o esses animais se alimentam de bacalhau, concorrendo com os pescadores da região. No entanto, essa linha de pensamento é falha porque não leva em conta a capacidade da natureza de se auto-equilibrar com as altas e baixas de população, como defende o biólogo Marcelo Szpilman.
Enquanto essas mortes não param, temos formas de pressionar o governo canadense ao continuar evitando seus produtos, evitar o turismo para o país e deixar clara nossa insatisfação para a embaixada e os consulados do Canadá no Brasil. Você pode mandar uma mensagem sua ou a nossa sugestão, por correio ou e-mail para os seguinte endereços:
lembramos que cartas com apenas uma folha A4 podem ser declaradas “cartas sociais” e o custo do envio fica por um centavo
Embaixada do Canadá em Brasília
SES - Av. das Nações, Quadra 803, Lote 16
Cep: 70410-900 - Brasília (DF)
E-mail: brsla-cs@international.gc.ca
Consulado do Canadá em São Paulo
Av. das Nações Unidas, 12901 - 16º andar
Cep: 04578-000 - São Paulo (SP)
E-mail: infocentre-spalo@international.gc.ca
Consulado do Canadá no Rio de Janeiro
Av. Atlântica, 1130 - 5º andar
Atlântica Business Center - Copacabana
Cep: 22021-000 - Rio de Janeiro (RJ)
Email: rio@international.gc.ca
Mensagem sugerida:
Título Sugerido: "Brasil pede: Canadá, por favor, acabe com a matança!"
Senhor diplomata,
Mais uma vez o governo canadense permite a matança anual dos bebês-foca no Golfo de St. Lawrence e na costa leste do Canadá. Eu estou junto com as milhões de pessoas que não apóiam esta decisão de seu país.
Neste ano (assim como no último), há ainda o agravante causado pelo derretimento das geleiras, que causará a morte por afogamento de milhares de filhotes. Apesar disso, o governo canadense liberou a caça.
A exploração comercial desses animais é inexpressiva para a economia de seu país, e responde por menos de 2% do total dos recursos gerados pela indústria pesqueira da cidade de Newfoundland, onde vivem 90% dos caçadores de focas.
A imagem negativa de seu governo ao insistir em manter essa atividade é enorme, e cada vez mais pessoas em todo o mundo se posicionam contra a caçada das focas. Aqui no Brasil, eu e meu circulo de relacionamentos teremos isso em mente no que diz respeito ao consumo de produtos canadenses, intercâmbios culturais e viagens turísticas ao seu país.
Como primeiro-ministro de seu país, eu conto que o senhor assumirá o firme compromisso de acabar com este ato bárbaro e desnecessário o mais breve possível.
Obrigado por sua atenção e consideração a este importante assunto.
Sinceramente,
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Fonte: www.arcabrasil.org.br