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O Caramujo Gigante Africano. 08/03/08.

Um "imigrante" que se adaptou muito bem.

          Esse caramujo, de nome científico Achatina fulica, foi trazido ao Brasil nos anos 80 pela região sul, para ver se conseguiriam vendê-lo como Escargot. Mas os consumidores não aprovaram o sabor, textura, cor, etc, além de não possuirmos essa cultura no país. E esse animal acabou sendo descartado de qualquer forma na natureza: muitos foram soltos no mato, outros foram simplesmente jogados no lixo... E como eles têm uma capacidade enorme de adaptação a vários tipos de clima, temperaturas e alimentos, se multiplicaram muito rápido. Começaram a acabar com frutas, hortaliças e jardins por onde passavam.
          Na área da saúde, o principal perigo que essa espécie apresenta é ser um hospedeiro intermediário de dois vermes: Angiostrongylus costaricensis - causador da Angiostrongilíase abdominal, provocando fortes dores abdominais, febre, perda do apetite e vômitos, podendo culminar com a perfuração do intestino, hemorragias e em alguns casos, levar à morte. Pode ser facilmente confundida com apendicite. E o Angiostrongylus cantonensis - causador de um tipo de meningite chamada Meningite Eosinofílica. Essa é mais séria, pois o verme se instala no Sistema Nervoso Central e causa a inflamação das meninges, (membranas que recobrem o cérebro), podendo levar à cegueira, paralisia e, em casos extremos, à morte. Os sintomas são fortes dores de cabeça e rigidez na nuca. Ainda não existem casos dessa doença relatados no Brasil, mas sabe-se de sua ocorrência em países como Japão, Tailândia, em diversas ilhas do Oceano Pacífico e também em Cuba. O grande problema hoje, é que essas doenças são difíceis de serem diagnosticadas e não é do conhecimento de todos os médicos e postos de saúde. Os vermes se alojam primeiramente no organismo no caramujo, estando presentes também no muco (secreção liberada na locomoção do caramujo). Entrando em contato com as mãos das pessoas, e depois levadas à boca, ou mesmo com a ingestão desses caramujos teríamos a contaminação. O mais indicado para o caso de haver caramujos nas residências é pegá-los com uma luva, ou saco plástico - evitando o contato direto com as mãos - e incinerá-los, enterrando os restos posteriormente.
          Outra dica muito importante, é lavar muito bem as verduras e alimentos antes do consumi-los, pois nunca se sabe por onde os caramujos podem ter passado.

Fonte: Revista “Vetores e Pragas” – Ano VI - N 14.
Bióloga Giulia Bagarolli D’Angelo

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